segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ajude a regulamentar a profissão que ajuda a melhorar a qualidade de vida de 25 milhões de brasileiros

Em 2005, a Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), juntamente com o deputado Onix Lorenzoni, elaboraram e apresentaram o PL 5635/2005, que regulamenta a profissão de ortesista e protesista ortopédico no Brasil. Desde então, a entidade trabalha para alcançar a sua aprovação. Nesse período, houve alguns avanços no processo, fazendo com que o projeto fosse aprovado na Comissão Parlamentar de Seguridade Social e Família, em 2009, e na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em 2011, com parecer da deputada Flávia Morais. Até o momento, são quase sete anos de tramitação na Câmara dos Deputados em Brasília e, pelo que consta, ainda faltam, além da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, a apresentação no plenário da Câmara e a aprovação pelo Senado Federal.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil possui cerca de 25 milhões de pessoas que necessitam de órteses e próteses ortopédicas. Esse número representa aproximadamente 13% da população do país.

Para atender essa parcela significativa da população, atualmente o Brasil conta com 300 empresas e cerca mil profissionais capacitados, o que significa que são apenas mil pessoas habilitadas por cursos técnicos e que possuem know how para trabalhar na área de Ortopedia Técnica. Número que se mostra insuficiente perante a quantidade de pessoas que necessitam da assistência oferecida por estes profissionais.

A ABOTEC, que tem dentre seus objetivos estatutários a busca incessante pelo aprimoramento dos profissionais da ortopedia técnica no Brasil em prol das pessoas com deficiências ortopédicas, pede aos nobres deputados para que se atentem à questão e acelerem o processo de aprovação do projeto de regulamentação das profissões de ortesista e protesista. Tal ação beneficiará diretamente mais de 25 milhões de brasileiros e brasileiras, que necessitam de assistência altamente especializada, e um número maior de profissionais capacitados para exercer a função.

Sem a regulamentação da profissão, a fiscalização dos serviços e da atuação ética e profissional de quem produz e presta manutenção para esses equipamentos de tecnologia assistiva se transforma em um processo ineficaz e de difícil controle. A ANVISA e as Vigilâncias Sanitárias locais se esforçam na inspeção, mas, infelizmente, são insuficientes e não tem a especialização necessária. A ABOTEC busca fazer o máximo, por meio de denúncias aos órgãos competentes e com a aplicação do código de ética. No entanto, como uma associação, não tem o poder de fiscalização. Por isso, há a necessidade da regulamentação da profissão para que possamos criar o Conselho de Classe.

Outro aspecto importante é o do reconhecimento do trabalho exercido por ortesistas e protesistas ortopédicos, que está diretamente na dignificação e recuperação de milhões de pessoas portadoras de deficiência. O desempenho desses profissionais é tão importante quanto o do cirurgião no processo de reabilitação desses pacientes.

Por fim, a ABOTEC reforça que, pelo número expressivo de cidadãos brasileiros que possuem algum tipo de deficiência e o processo de inclusão disseminado não só em nosso país, mas em todo mundo, vide uma competição como as Paraolimpíadas, da qual o Brasil será sede em 2016, é imprescindível pensar e realizar ações que beneficiem direta ou indiretamente esse nicho da população.

Ajude-nos também nessa campanha, acesse o site e assine já! PETICOESONLINE
Fonte: PeticoesOnline

quarta-feira, 21 de março de 2012

Como dar apoio psicológico a pacientes amputados?

O apoio emocional por parte da família é essencial para o êxito da recuperação do paciente.

O apoio psicológico durante a reabilitação do amputado é fundamental tanto para o paciente como para sua família. Para o paciente, a importância está na sensibilização para o tratamento, na aprendizagem de novos modelos de vida para superar os desafios impostos pela amputação. 

A pessoa que perde um órgão sofre modificações bruscas em sua vida, afetando diretamente seu comportamento e a maneira de agir. Indivíduos que passam por uma amputação de membro têm o desafio de se ajustar psicologicamente de algum modo à perda desse membro. 

O apoio da família e do grupo social é fundamental para o sucesso da reabilitação, o indivíduo busca nos relacionamentos a confiança e a aceitação de suas limitações, além de sentir-se mais amado e estimado, com sensação de controle de sua própria vida. 

Muitos pacientes se adaptam favoravelmente à reabilitação, principalmente quando se sentem amparados por uma rede de relações afetivas, vividas no âmbito familiar. Vale ressaltar que os familiares também precisam de apoio para aprender a lidar com a nova situação, pois as mudanças estendem-se a todos os membros da família. 

Há alguns fenômenos psicológicos que podem ocorrer com o indivíduo em virtude da perda de um membro, que são considerados mecanismos acionados pela pessoa para suportar a situação traumática. Estas reações emocionais podem ser a negação, a raiva, a culpa, o sentimento de impotência, e por fim a aceitação. 

A aceitação tanto da deficiência como das limitações impostas por ela é um dos melhores indicadores de ajustamento positivo após a amputação. Se o paciente consegue aceitar a sua nova condição, fica mais fácil encarar as atividades com naturalidade e vencer os desafios, e desse modo, a reinserção social é mais efetiva. 

Mariane Bonato, psicóloga (Curitiba).

Fonte: BONDE

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Isenção de PIS e Cofins para deficientes deve virar lei


São Paulo - Na última semana, foi prorrogada por mais 60 dias a Medida Provisória 549, que reduziu a zero as alíquotas do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) incidentes sobre a importação e a venda no mercado interno de produtos utilizados por pessoas portadoras de deficiência. Com a medida, especialistas apostam que a redução pode virar lei.

"A primeira e mais provável possibilidade é que a isenção vire lei, até pelos benefícios concedidos para as pessoas com deficiência e de ampliação da assistência e inclusão social e digital", afirma o advogado Rodrigo Rigo, do Braga & Moreno Consultores e Advogados. Segundo ele, se a MP não for convertida a lei no prazo de 60 dias, o Congresso Nacional deverá emitir um decreto legislativo disciplinando as relações jurídicas decorrentes de sua vigência.

Segundo Ana Carolina Barbosa, do Homero Costa Advogados, a prorrogação veio para pressionar por uma aprovação de uma legislação definitiva sobre a matéria. "Espero que aconteça, mas não é possível dar garantia. O governo vem enfrentando uma série de dificuldades no Congresso em qualquer legislação, ainda mais difícil com um tema sobre isenção de tributos", afirma. Segundo ela, o governo poderia encaminhar um projeto de lei para votação sobre a questão.

Caso tal decreto não seja emitido em até 60 dias, haverá a rejeição ou perda da eficácia da medida provisória e as relações jurídicas constituídas e decorrentes de atos praticados durante sua vigência devem se manter por ela regidas. Para isso, deverá ser elaborado um decreto para regular o que ocorreu. As MPs podem ser prorrogadas uma única vez.

A MP 549, de novembro de 2011, veio com a intenção de desonerar a importação e a comercialização de produtos como próteses oculares, implantes cocleares, lupas eletrônicas, acionadores de pressão, digitalizadores de imagens equipados com sintetizador de voz, linhas braile, calculadoras equipadas com sintetizador de voz, impressoras e máquinas braile.

Segundo dados do Ministério da Fazenda, a renúncia de receitas será de R$ 12,23 milhões em 2011 e R$ 161,99 milhões para 2012. A MP 550/2011 prevê uma linha de crédito para compra de produtos de tecnologia destinados às pessoas com deficiência.

ICMS - O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu repercussão geral da questão constitucional analisada no Recurso Extraordinário (RE) 632783, interposto por uma empresa do ramo de importação e exportação contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJ-RO). Segundo a decisão questionada, a empresa optante do Simples Nacional, por vedação legal, não pode obter outros incentivos fiscais. O relator é o ministro Joaquim Barbosa.

A empresa sustenta no recurso usurpação da competência da União para dispor sobre a tributação favorecida às micro e pequenas empresas, na medida em que a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) contraria o tratamento estabelecido pela Lei Complementar 123/2006, conforme estabelece a Constituição. Também alega violação da regra da não cumulatividade, pois as empresas optantes pelo Simples não podem aproveitar créditos relativos às operações que o estado de Rondônia deseja tributar.

A empresa pleiteia que seja reconhecido o não recolhimento de diferencial de alíquota de ICMS e de seu pagamento antecipado, por ser optante do Simples.

Fonte: DCI

Nike cria acessório de corrida específico para próteses de amputados


A Nike anunciou o lançamento de seu primeiro acessório feito para atender exclusivamente corredores portadores de necessidades especiais. Trata-se de um solado desenvolvido para encaixar nas próteses para corrida da fabricante islandesa Össur.

O Nike Sole, como foi batizado o acessório, encaixa como uma luva nas próteses de fibra de carbono da Össur – que patrocina, entre outros, o paraatleta sul-africano Oscar Pistorius. Por ter um solado como um dos tênis da marca, reduz o impacto da prótese com o chão e evita seu consequente desgaste.

O calçado foi desenvolvido em conjunto entre as duas fabricantes e a triatleta norte-americana Sarah Reinertsen – primeira mulher amputada a completar o Campeonato Mundial de Ironman, no Havaí (EUA). “O esporte paraolímpico pode estar em voga agora, mas acredito que é uma tendência que vai continuar”, afirma Sarah.

Assim sendo, a iniciativa da Nike abre todo um mercado para os fabricantes esportivos, com a possibilidade de atingir competidores que até então tem dificuldades para encontrar material adequado – os paraatletas.

Fonte: Webrun

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ortesistas e Protesista - A diferença

Ortesista

Profissional especializado na confecção de Órteses Ortopédicas

Órteses Ortopédicas são aparelhos e/ou equipamentos que venham a sustentar ou corrigir alguma parte do corpo humano como, por exemplo, Palmilhas Ortopédicas, Coletes, Tutores, Talas, etc...
Ortesista é o profissional especializado em tomar as medidas para confecção, modelar, ajustar, consertar e confeccionar as Órteses. Este profissional trabalha sempre em conjunto com um profissional da área de reabilitação, ou seja, um Médico, Fisioterapeuta, Fisiatra, etc... onde tais profissionais prescrevem o tipo de órtese que desejam ou decidem em conjunto com o Ortesista o tipo de órtese mais indicado para cada caso, pois o Ortesista tem obrigação de estar sempre atualizado com os mais recentes modelos e novos tipos de órteses para poder sugerir ao profissional de reabilitação a órtese mais indicada. O Ortesista não prescreve órteses pois seu conhecimento é de nível técnico e o mesmo sempre deverá trabalhar em conjunto com um profissional capaz de diagnosticar o problema do paciente, ter conhecimento do tipo de tratamento necessário e só então, havendo necessidade de uma órtese, decidir em conjunto o tipo mais adequado.

Protesista

Profissional especializado na confecção de Próteses Ortopédicas

Próteses Ortopédicas, são aparelhos e/ou equipamentos que venham substituir partes do corpo humano como, por exemplo, Pernas Mecânicas, Braços Mecânicos, etc...(a nomenclatura correta seria: Prótese de Membro Inferior e Prótese de Membro Superior)
Protesista é o profissional especializado em tomar as medidas para confecção, modelar, ajustar, consertar e confeccionar as Próteses Ortopédicas. Este profissional deve trabalhar sempre em conjunto com um profissional da área de reabilitação, ou seja, um Médico, Fisioterapeuta, Fisiatra, etc... Sendo que o Protesista está habilitado para a prescrição da prótese a ser utilizada pelo paciente. O trabalho em conjunto com outros profissionais da área de reabilitação, é ideal para uma perfeita reabilitação do paciente pois não se trata apenas de colocar uma perna ou braço artificial na pessoa amputada, existe todo um trabalho de preparação e treinamento para total recuperação deste paciente.
Tanto o Protesista, quanto o Ortesista ou o Protesista-Ortesista, são profissionais que têm de ser registrados na ABOTEC(Associação Brasileira de Ortopedia Técnica), assim como todas as empresas que trabalham com Órteses e Próteses Ortopédicas, além de serem registradas na ABOTEC, são obrigadas a terem estes profissionais como responsáveis técnicos. Tal fato é de extrema importância pois verifica-se atualmente muitas empresas comercializando Órteses e Próteses Ortopédicas, principalmente as órteses pré-fabricadas, sem terem o menor conhecimento técnico, o que pode trazer sérias conseqüências aos usuários.

Joaquim Cunha é um dos Ortesistas-Protesistas responsáveis técnicos da  São José Ortopédicos, inscrito na ABOTEC sob o Nº 64.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Plano VIVER SEM LIMITES, do Governo Federal, já começa com discriminação!

Na última 5ª. feira, 08 de fevereiro, no Centro Cultural Banco do Brasil, foi realizada a cerimônia de lançamento do Micro Crédito com juros subsidiados para que as Pessoas com Deficiência possam adquirir produtos de Tecnologia Assistiva. A medida faz parte do Projeto do Governo Federal “Viver Sem Limites”, lançado em novembro último pela Presidenta Dilma.
Infelizmente, conforme a Portaria Interministerial Nº 31 de 06/02/2012 (DOU de 08/02/12 http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=08/02/2012&jornal=1&pagina=23&totalArquivos=184 ), essa ação inicial do projeto que visa atender a todas as Pessoas com Deficiência, se mostrou discriminatória, tendo em vista que não incluiu as Órteses e Próteses entre os bens e serviços contemplados por tal micro crédito o que, na prática vai excluir mais de 20 milhões de portadores de deficiência que têm que se sujeitar a próteses e órteses das mais básicas possíveis, que são entregues pelo sistema SUS.
De acordo com um dos exemplos constantes no folder distribuído pelo Banco do Brasil, um financiamento de R$ 5.000,00 poderia ser pago em 24 parcelas de R$ 233,21, ou seja, em 24 meses pagaria um juros total de R$ 597,04! Menos de 25 reais por mês!
Por exemplo: hoje uma pessoa que tiver sua perna amputada ao nível da coxa, o SUS lhe concede uma prótese das mais básicas possíveis em valor aproximado de R$ 3.500,00. Caso essa pessoa tivesse a possibilidade de pagar uma mensalidade em torno de R$ 300,00, num financiamento de 60 meses, poderia se reabilitar com uma prótese com valor aproximado de R$ 15.000,00 que, provavelmente lhe proporcionaria uma qualidade de vida bem superior.

Estou certo que trata-se de um equívoco por parte do Governo Federal, que logo deverá ser corrigido.

Joaquim  Cunha
Ortesista-Protesista
Diretor da São José Ortopédicos

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Pessoas com deficiência física terão acesso a microcrédito



O Conselho Monetário Nacional (CMN) regulamentou a possibilidade de os empréstimos de microcrédito financiarem a bens e serviços para deficientes físicos. Pessoas com necessidades especiais poderão comprar cadeiras de rodas, próteses e muletas com dinheiro do programa. A lista completa dos produtos ainda está sendo fechada pelos ministérios da Fazenda, Ciência e Tecnologia e Secretaria de Direitos Humanos e deve sair nos próximos dias. Há a possibilidade de incluir até automóveis já que o valor máximo de financiamentos é de R$ 30 mil e carros para deficientes normalmente são mais baratos porque têm isenção de alguns impostos.

Esse dinheiro virá de parte dos 2% do dinheiro que os clientes depositam à vista nos bancos. A maioria tem de ser destinada para microcrédito produtivo orientado. Mesmo com o fim da chamada “taxa de abertura de contrato”, o CMN autorizou que esse tipo de empréstimo para deficientes tenha tarifa de abertura de crédito (TAC), mas limitou-a a 2% do valor do contrato. A taxa de juros também tem de ser menor que 2% ao mês.

Na reunião desta quinta-feira, o conselho ainda permitiu que corretoras e distribuidoras de câmbio façam operações de até US$ 100 mil como empréstimos externos, investimento estrangeiro direto, remessas de lucros e dividendos e até pagamentos de empréstimos.

E ainda permitiu que o Ministério do Desenvolvimento eleja tipos de serviços que podem se beneficiar de Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC). Esse é um tipo de empréstimo que os exportadores já com promessas de compra dos seu produtos faz para ter, em reais, o correspondente do que receberá em dólares no futuro.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Microcrédito para pessoas com deficiência chega a 30 mil

CMN autorizou hoje que os bancos apliquem os recursos destinados a microcrédito, que tem juros mais baixos que as linhas comuns de crédito, a pessoas deficientes.


Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos à vista para o microcrédito, o que totaliza cerca de R$ 1 bilhão disponíveis.

Brasília – Pessoas com deficiência que ganham até dez salários mínimos por mês poderão ter acesso a financiamentos de até R$ 30 mil com recursos do microcrédito. O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou hoje que os bancos apliquem os recursos destinados a esse tipo de operação, que tem juros mais baixos que as linhas comuns de crédito.

Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 2% dos depósitos à vista para o microcrédito, o que totaliza cerca de R$ 1 bilhão disponíveis. Agora, parte desses recursos também poderá ser usada para financiar a compra de bens e serviços que ajudem a locomoção de pessoas com deficiência, como cadeira de rodas e próteses.

Nos próximos dias, os ministérios da Fazenda, da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Secretaria Nacional de Direitos Humanos editarão uma portaria com a lista dos bens e serviços que podem ser financiados com recursos do microcrédito.

Segundo o chefe do Departamento de Normas do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, o CMN regulamentou medida provisória de novembro do ano passado que estendeu o microcrédito à compra de bens destinados a pessoas com deficiência. Esses empréstimos, no entanto, só podem ser concedidos a quem recebe até dez salários mínimos e estão limitados a R$ 30 mil por beneficiário.

O CMN também estabeleceu condições para os bancos emprestarem às pessoas com deficiência com recursos do microcrédito. Primeiramente, os juros efetivos não poderão ser maiores que 2% ao mês. Além disso, o valor da taxa de abertura de crédito (TAC) não poderá ser superior que 2% do valor total do empréstimo. As operações também deverão ter prazo mínimo de 120 dias (quatro meses). Esse prazo pode ser menor, desde que a TAC seja reduzida na mesma proporção.

De acordo com Sérgio Odilon, a autorização para esses empréstimos não terá impacto na concessão de microcrédito destinado a investimentos produtivos. Até julho de 2013, os bancos terão de destinar 80% da parcela de 2% dos depósitos à vista para o microcrédito produtivo orientado (MPO). "O restante poderá ser oferecido para o microcrédito para consumo ou para os empréstimos a pessoas com deficiência", esclareceu.

Fonte: <http://exame.abril.com.br/economia/noticias/microcredito-para-pessoas-com-deficiencia-chega-a-30-mil>

Publicidade forja amputação para alertar contra diabetes nos EUA


Perna de ator foi retirada com um programa de computador. Relacionada à obesidade, diabetes pode levar a várias complicações

Uma campanha da prefeitura de Nova York, nos EUA, pela alimentação saudável se tornou polêmica por usar uma imagem tratada em computador. No anúncio publicitário, aparece a foto de um homem sem uma das pernas e imagens de copos de refrigerante em tamanhos crescentes, com os dizeres: “as porções aumentaram, e a diabetes tipo 2 também”.

A diabetes tipo 2 está, de fato, relacionada à obesidade e ao consumo exagerado de açúcares, entre outros fatores. Se não for controlada, ela aumenta o risco de doenças do coração e do rim, pode afetar a visão e levar à amputação de membros.

No entanto, o homem que aparece na imagem sem uma das pernas é, na verdade, um ator que, apesar de obeso, está saudável e caminha normalmente. O jornal “The New York Times” publicou uma entrevista com Cleo Berry, um ator de 27 anos, que recebeu US$ 500 para fazer as fotos para uma agência de fotografias.

Berry reconheceu que assinou um termo permitindo a alteração da imagem em computador, mas não concorda com o que foi feito. Ele viu o anúncio pela primeira vez na internet, alertado por um amigo.
“Eu fiquei mais que chocado. Fiquei tipo um minuto chorando de frente para a tela do computador”, disse o ator ao jornal. “Eles até me deram muletas”, espantou-se.

“Vocês são a cidade de Nova York, pelo amor de Deus. Façam as coisas do jeito certo ou não vamos acreditar em vocês de jeito nenhum”, completou. Chateado, o ator disse ainda que apoia as campanhas de conscientização, mas que cantaria e dançaria em uma propaganda de refrigerantes, se recebesse uma oferta.


Fonte: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/01/publicidade-forja-amputacao-para-alertar-contra-diabetes-nos-eua.html>

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Liners de Silicone


Um breve histórico dos encaixes das próteses

Como protesistas, um sério problema que enfrentávamos na adaptação de próteses em pessoas portadoras de amputações de membros inferiores e superiores era o de  proporcionarmos os devidos conforto e segurança na ligação entre o amputado e a prótese, ou seja, na forma de suspensão e anatomia do encaixe da prótese. Devido aos sistemas existentes, havia a dificuldade de conseguirmos uma boa suspensão das próteses onde, a princípio, nas amputações transtibiais, tínhamos que lançar mão de acessórios de couro envolvendo a coxa, fixados às próteses por meio de pesadas hastes metálicas articuladas, os conhecidos coxais, ou ainda, cintas envolvendo a região supracondiliana e até mesmo cintas presas à cintura. Depois vieram os formatos diferentes de encaixes como o PTK que envolvia a patela e foi largamente utilizado nas amputações proximais de tíbia e finalmente o mais conhecido de todos, o encaixe KBM que, por seu formato, faz uma pressão na região supracondiliana conseguindo assim uma boa suspensão da prótese sem a necessidade de outros acessórios. Mas continuávamos com o problema do conforto pois a solução viável de interface entre o coto e o encaixe da prótese, era de construirmos cartuchos internos de E.V.A., o paciente tinha que fazer uso de meias de algodão, a higienização possível não era a mais adequada além de a segurança não ser totalmente eficiente pois dependíamos do formato e pressão exercida na região supracondiliana para termos uma suspensão que, para atividades de mais exigência, não se conseguia toda a segurança necessária quanto à suspensão, e o desconforto e a insegurança, portanto, continuavam sempre presentes.

Também nas amputações transfemorais, a princípio era necessário o uso de cintos para manter a suspensão das próteses e com a evolução do formato do encaixe, saímos dos encaixes de formato quadrilateral com apoio isquiático para formatos mais anatômicos como os de contenção isquiática em formato ovolongitudinal (CAT-CAM) e mais recentemente os encaixes M.A.S. Também na forma de suspensão dos encaixes para amputações transfemorais deixamos a utilização dos cintos e passamos a utilizar o sistema de suspensão a vácuo, porém, muitos pacientes relatavam dificuldades de aprendizado e de aplicar a técnica correta para calçar a prótese para obter a suspensão e o posicionamento adequado, enfim, persistindo assim o desconforto e a insegurança. Da mesma forma ocorria com os amputados de membros superiores onde as únicas opções que tínhamos de fixação, ou seja, de suspensão, seria buscando apoios sobre proeminências ósseas, como por exemplo, os epicôndilos, ou lançando mão também de cintos e tirantes extremamente incômodos e de pouca praticidade.

E agora?

Finalmente surgiram os “Liners de Silicone” e também posteriormente de outros materiais como uretano, gel de silicone, etc. A princípio, a maioria dos liners utilizava um pino na extremidade distal  que se fixava em um dispositivo adaptado à prótese denominado de “shuttle lock”, proporcionando, assim, uma boa e eficiente suspensão aliado ao conforto proporcionado pelo silicone, mas que em alguns casos, acabava sendo um problema para aplicação em cotos mais longos. Também surgiram os liners sem pino que substituíam os cartuchos de E.V.A. e proporcionavam um conforto muito superior. Por conseqüência do grande sucesso obtido com a utilização dos liners na protetisação, a princípio, de amputados transtibiais, essa utilização evoluiu também para as amputações transfemorais e de membros superiores.

O mais importante a se destacar, é que a implementação dos liners na protetisação de amputados de membros inferiores e superiores chegou proporcionando um conforto e uma segurança até então não conseguida por nenhuma outra técnica. E agora, mais recentemente, com o desenvolvimento do sistema mais conhecido como de “válvula de expulsão”, onde criamos um eficiente vácuo entre o liner, que fica em contato com o coto, e o encaixe da prótese, através da utilização de uma joelheira que recobre ambos, proporcionando a devida vedação, e com a possibilidade da utilização de acessórios como bombas adaptadas às próteses e conectadas aos encaixes para aumento da eficiência na sucção existente entre o liner e o encaixe, incrementado ainda pelo desenvolvimento de formatos de encaixes mais anatômicos, onde não se concentra mais a carga em determinados pontos nos cotos de amputação, chegamos finalmente àquela tão procurada e desejada segurança e ao tão almejado conforto na utilização de próteses, pelos portadores de amputações de membros!

Porém ainda restava um problema crucial: O CUSTO! Esses sistemas eram muito caros, os liners e joelheiras, ou os “liners de pino”, as válvulas de expulsão de ar, as bombas auxiliares, os shuttle lock, todo esse novo sistema acabava sendo restrito às classes mais abastadas da sociedade. Devido ao alto custo desses sistemas, poucos tinham acesso a tal tecnologia. Mas esse quadro também vem mudando!

Com a constatação da grande vantagem desse sistema, em relação aos anteriores, as empresas vislumbraram o grande potencial desse mercado e passaram a desenvolver produtos com qualidade equivalente e com custos mais acessíveis e por conseqüência, as empresas que já produziam tais produtos como liners, joelheiras, bombas auxiliares de sucção, shuttle lock e válvulas de expulsão, otimizaram seus custos possibilitando adequarem-se a essa nova realidade, tornando-se assim essa tecnologia acessível a uma grande parcela da população.

Com a diminuição de custos que verificamos atualmente no sistema de protetisação com a utilização de liners, vislumbramos que essa tecnologia brevemente chegue ao sistema SUS. Inclusive, já temos notícias de alguns sistemas credenciados ao SUS, que já estão fornecendo essa tecnologia aos segurados.

Cabe agora a todos e a cada um de nós, trabalharmos no sentido de sensibilizarmos o governo quanto à importância de uma eficaz reabilitação das Pessoas Portadoras de necessidades Especiais, disponibilizando para elas as tecnologias existentes. Todos sabemos que uma pessoa mal reabilitada, custa mais para os sistemas do governo (SUS, INSS, etc.), se contemplarmos essas pessoas com as tecnologias adequadas, ou seja, se priorizarmos a qualidade na reabilitação e, obviamente, com a possibilidade dessa qualidade estar adequada a um custo viável ao sistema de saúde,  porque não trabalharmos no sentido de fazer as adequações necessárias na legislação vigente? A Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), tem uma proposta de mudança na forma de concessão de órteses e próteses ortopédicas no Brasil que foi elaborada nesse sentido, ou seja, priorizar a qualidade, na confecção das órteses e próteses, sempre trabalhando dentro de uma ótica de custos reais, sem onerar os cofres públicos (ver http://www.abotec.org.br/site2/lei_de_concessao_resumo.pdf ).

Enfim, a tecnologia de utilização de liners na protetisação de amputados, veio para ficar e vislumbramos um futuro muito próximo de uma real popularização dessa tecnologia no Brasil, é uma questão de tempo, de pouco tempo.

Joaquim Cunha
Ortesista-Protesista
Graduado pela Universidad Don Bosco – El Salvador
Diretor da São José Ortopédicos
Presidente da ABOTEC
Presidente da ISPO-Brasil

Soldado britânico ganha Braço Biônico

Nova mão artificial


Nada como escapar do óbvio. Depois de passar décadas tentando replicar a anatomia humana na hora de conceber membros artificiais, pesquisadores da Universidade de Chicago (EUA) abandonaram velhos conceitos e criaram uma mão que surpreende graças à simplicidade e à eficácia – e por não se parecer nem um pouco com o equipamento original de fábrica. Baseada no princípio básico da sucção, ela é composta por uma bola revestida de borracha e recheada com pó de café, muito parecida com a de frescobol.

Após o contato com o objeto a ser manuseado, o ar entre os pequenos grãos é sugado até que a bola seja moldada de forma a aderir à maior parte possível da superfície. Como a potência da “pegada” é calculada automaticamente, a máquina consegue distinguir as diferentes forças com que deve segurar um ovo, um copo de vidro ou uma pesada chave de roda.

As mãos artificiais criadas até agora são formadas por dezenas de placas de material sintético. Elas são conectadas por juntas e fios, que tentam simular o que a natureza demorou milhões de anos para aperfeiçoar: nossos dedos. Administrar todas essas conexões é uma tarefa que requer computadores poderosos e interfaces delicadas, como as que ligam os equipamentos aos cérebros de amputados, por exemplo. “Dedos funcionam perfeitamente para os humanos, mas podem ser desajeitados demais quando operados por uma máquina”, disse o pesquisador americano Eric Brown ao apresentar seu invento na edição mais recente da publicação especializada “PNAS”. Além do uso em humanos, a nova mão artificial pode ser instalada em todo tipo de robô.

De certa forma, o invento quebra um dos maiores mitos da evolução de nossa espécie. Afinal, uma das diferenças fundamentais entre os humanos e os outros primatas é o nosso célebre polegar opositor. Sem ele, não seríamos capazes de operar as ferramentas usadas para erguer a primeira casa ou fazer a primeira roda girar, por exemplo. Agora, ao pensarmos fora da caixa, conseguimos dar um passo além do ponto em que a natureza nos deixou. Que venham os próximos.

Fonte: Isto É

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Projeto obriga plano de saúde a fornecer prótese e órtese pós-cirurgia



Rachel Librelon

A Câmara analisa o Projeto de Lei 657/11, do deputado Carlos Eduardo Cadoca (PSC-PE), que obriga os planos de saúde a fornecer prótese, órtese e seus acessórios, quando sua utilização for considerada indispensável e comprovadamente necessária ao sucesso da intervenção cirúrgica ou tratamento hospitalar decorrente dessa intervenção. A proposta altera a lei dos planos e seguros privados de assistência à saúde (9.656/98).

Segundo Cadoca, os convênios médicos têm vetado o fornecimento desses insumos mesmo quando são necessários para a realização de procedimentos médicos autorizados. No entanto, a lei estabelece que não há cobertura para próteses e órteses apenas quando não estão relacionadas a atos cirúrgicos.

“Não faz sentido que o plano de saúde assegure a cobertura da intervenção cirúrgica ou dos tratamentos dela decorrentes, sem disponibilizar os recursos essenciais para essa finalidade”, argumenta Carlos Eduardo Cadoca.

Tramitação

A proposta foi apensada ao PL 4076/01, que inclui nos planos de saúde a cobertura de consultas, exames e demais procedimentos ambulatoriais de caráter preventivo. Os projetos serão analisados pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e pelo Plenário.

FONTE: Agência Câmara - 05/08/2011