segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ajude a regulamentar a profissão que ajuda a melhorar a qualidade de vida de 25 milhões de brasileiros

Em 2005, a Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), juntamente com o deputado Onix Lorenzoni, elaboraram e apresentaram o PL 5635/2005, que regulamenta a profissão de ortesista e protesista ortopédico no Brasil. Desde então, a entidade trabalha para alcançar a sua aprovação. Nesse período, houve alguns avanços no processo, fazendo com que o projeto fosse aprovado na Comissão Parlamentar de Seguridade Social e Família, em 2009, e na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, em 2011, com parecer da deputada Flávia Morais. Até o momento, são quase sete anos de tramitação na Câmara dos Deputados em Brasília e, pelo que consta, ainda faltam, além da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara, a apresentação no plenário da Câmara e a aprovação pelo Senado Federal.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Brasil possui cerca de 25 milhões de pessoas que necessitam de órteses e próteses ortopédicas. Esse número representa aproximadamente 13% da população do país.

Para atender essa parcela significativa da população, atualmente o Brasil conta com 300 empresas e cerca mil profissionais capacitados, o que significa que são apenas mil pessoas habilitadas por cursos técnicos e que possuem know how para trabalhar na área de Ortopedia Técnica. Número que se mostra insuficiente perante a quantidade de pessoas que necessitam da assistência oferecida por estes profissionais.

A ABOTEC, que tem dentre seus objetivos estatutários a busca incessante pelo aprimoramento dos profissionais da ortopedia técnica no Brasil em prol das pessoas com deficiências ortopédicas, pede aos nobres deputados para que se atentem à questão e acelerem o processo de aprovação do projeto de regulamentação das profissões de ortesista e protesista. Tal ação beneficiará diretamente mais de 25 milhões de brasileiros e brasileiras, que necessitam de assistência altamente especializada, e um número maior de profissionais capacitados para exercer a função.

Sem a regulamentação da profissão, a fiscalização dos serviços e da atuação ética e profissional de quem produz e presta manutenção para esses equipamentos de tecnologia assistiva se transforma em um processo ineficaz e de difícil controle. A ANVISA e as Vigilâncias Sanitárias locais se esforçam na inspeção, mas, infelizmente, são insuficientes e não tem a especialização necessária. A ABOTEC busca fazer o máximo, por meio de denúncias aos órgãos competentes e com a aplicação do código de ética. No entanto, como uma associação, não tem o poder de fiscalização. Por isso, há a necessidade da regulamentação da profissão para que possamos criar o Conselho de Classe.

Outro aspecto importante é o do reconhecimento do trabalho exercido por ortesistas e protesistas ortopédicos, que está diretamente na dignificação e recuperação de milhões de pessoas portadoras de deficiência. O desempenho desses profissionais é tão importante quanto o do cirurgião no processo de reabilitação desses pacientes.

Por fim, a ABOTEC reforça que, pelo número expressivo de cidadãos brasileiros que possuem algum tipo de deficiência e o processo de inclusão disseminado não só em nosso país, mas em todo mundo, vide uma competição como as Paraolimpíadas, da qual o Brasil será sede em 2016, é imprescindível pensar e realizar ações que beneficiem direta ou indiretamente esse nicho da população.

Ajude-nos também nessa campanha, acesse o site e assine já! PETICOESONLINE
Fonte: PeticoesOnline

quarta-feira, 21 de março de 2012

Como dar apoio psicológico a pacientes amputados?

O apoio emocional por parte da família é essencial para o êxito da recuperação do paciente.

O apoio psicológico durante a reabilitação do amputado é fundamental tanto para o paciente como para sua família. Para o paciente, a importância está na sensibilização para o tratamento, na aprendizagem de novos modelos de vida para superar os desafios impostos pela amputação. 

A pessoa que perde um órgão sofre modificações bruscas em sua vida, afetando diretamente seu comportamento e a maneira de agir. Indivíduos que passam por uma amputação de membro têm o desafio de se ajustar psicologicamente de algum modo à perda desse membro. 

O apoio da família e do grupo social é fundamental para o sucesso da reabilitação, o indivíduo busca nos relacionamentos a confiança e a aceitação de suas limitações, além de sentir-se mais amado e estimado, com sensação de controle de sua própria vida. 

Muitos pacientes se adaptam favoravelmente à reabilitação, principalmente quando se sentem amparados por uma rede de relações afetivas, vividas no âmbito familiar. Vale ressaltar que os familiares também precisam de apoio para aprender a lidar com a nova situação, pois as mudanças estendem-se a todos os membros da família. 

Há alguns fenômenos psicológicos que podem ocorrer com o indivíduo em virtude da perda de um membro, que são considerados mecanismos acionados pela pessoa para suportar a situação traumática. Estas reações emocionais podem ser a negação, a raiva, a culpa, o sentimento de impotência, e por fim a aceitação. 

A aceitação tanto da deficiência como das limitações impostas por ela é um dos melhores indicadores de ajustamento positivo após a amputação. Se o paciente consegue aceitar a sua nova condição, fica mais fácil encarar as atividades com naturalidade e vencer os desafios, e desse modo, a reinserção social é mais efetiva. 

Mariane Bonato, psicóloga (Curitiba).

Fonte: BONDE